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 A MÃO E A ENXADA

Uma casa pequenina
ao longe,sem beirais,
bem no alto da montanha,
onde não há sombras ou sinais.

Gente de passos lentos,
mãos calejadas,triste olhar.
Da terra o seu sustento,
só o céu a almejar.

O vento é passageiro,
a chuva é puro alento.
Na lida,enxada e pranto,
no rosto um só lamento.

O tempo é preguiçoso,
a vida segue seu curso,
sem mêdo,enfrenta pedras,
como um rio em seu percurso.

E é tão íngrime a estrada!
E é improvável a sorte!
O horizonte é devaneio,
só é certeira a morte...

Marcia Tigani_ CAXAMBU_ julho 2010
MARCIA TIGANI
Enviado por MARCIA TIGANI em 29/07/2010
Alterado em 21/09/2010


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