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             AGOSTO

Agosto da secura interminável,
do sabor acre,de folhas quietas.
Um ar pesado e irrespirável ,
do sal na terra,de vidas sêcas.


Agosto de sol inclemente
de tarde morna,da hora lenta.
Um calendário que não se move
marcando a vida que se ausenta.

Agosto do gosto do nada,
do fogo e fumaça, de areia e pó.
Cortina densa,triste e cinzenta
embaçando tudo sem piedade e dó.

Agosto do amor que parte
na sexta feira,no dia treze.
Nó na garganta  que queima e arde
como se agua jamais bebesse.

Agosto,do gosto e desgosto,
de tantos lamentos,de tantos ais,
é o pranto que a terra verte
e o vento leva prá nunca mais.


Marcia Tigani_ agosto 2010


     BELÍSSIMO    SABADO PRÁ  TI!  BEIJOSSSSSSSSS

MARCIA TIGANI
Enviado por MARCIA TIGANI em 28/08/2010
Alterado em 13/05/2011


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Imagem de cabeçalho: jenniferphoon/flickr