NÓ
Trago no peito a saudade de tempos passados
de amores e dores,um coração devassado,
por isso sigo mais só....
Vivo da imagem, da dança, do nó na garganta,
um trago amargo , tanta andança
entre estradas e pó...
Sigo andando ao léu,na fé e esperança,
soltando a trança ao sol incandescente,
que me serve de véu...
Quero o horizonte infinito,o espaço bendito
esteiras na areia , o olhar mais bonito
e paciencia de Jó...
E derramando meu pranto,por vidas
perdidas e sonhos desfeitos
sem piedade, sem dó,
espero o encontro das aguas,saciando minha sede
amainando minhas mágoas,
desatando esse nó...
Marcia Tigani_ maio 2011