NANQUIM
Nanquim
Recortes de vento
como mantra espiral
sopram imagens foscas
( pequenas sombras ?)
Difusas de mim.
Na calçada a pressa,
o passo,pernas, cansaço
No dorso , tempo retesado
e o vértice das dores:
argamassa do existir
Sobre o piano um gato dorme
seu sono arquetípico
Cronômetro marca pó
de ossos calcinados
sobre tecla em marfim
Vida que aperta e desaperta:
desenho expresso a nanquim.
MARCIA TIGANI
Enviado por MARCIA TIGANI em 20/05/2017
Alterado em 02/03/2021