Crisântemos amarelos
desatam nós de memórias:
como estiletes
Eles rasgam versos
e me falta ar
Na estação do estio
meus olhos fatigados
estao assim úmidos
assim fluidos
como estuários
Tenho ranhuras
de meus exílios
que sangram a pele:
estranhas ramagens
e seus enigmas
O vento serpenteia
minhas tardes
ele vinca a epiderme
em plena epidemia
como presente do tempo.
Marcia Tigani
MARCIA TIGANI
Enviado por MARCIA TIGANI em 29/04/2020
Alterado em 12/03/2021
Alterado em 12/03/2021
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